Autismo Não É Um Só: Explorando o Processo Diagnóstico e a Diversidade Infantil
- Ana Lollobrigida

- 6 de set.
- 11 min de leitura
Atualizado: 8 de set.
A jornada do diagnóstico do autismo pode ser desafiadora para famílias, mas entender o processo e a diversidade dentro do espectro transforma tudo
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você pode conferir um resumo com os principais pontos deste artigo na apresentação logo abaixo:
O que é um transtorno do neurodesenvolvimento?
O neurodesenvolvimento é o processo contínuo de crescimento e maturação do sistema nervoso (cérebro, medula espinhal e nervos), que começa na gestação e se estende por toda a vida. Ele envolve a formação de neurônios, a criação de circuitos neurais e o desenvolvimento de funções essenciais como linguagem, atenção, comportamento e motricidade.
Esse processo é influenciado por fatores genéticos e ambientais e, quando alterado, pode levar a transtornos do neurodesenvolvimento, que afetam a aquisição de habilidades importantes para o dia a dia.
Áreas do Neurodesenvolvimento
Motor: engloba a coordenação motora grossa e fina, o equilíbrio e a destreza manual.
Cognitivo: envolve a capacidade de aprender, memorizar, prestar atenção, resolver problemas e utilizar a linguagem.
Socioemocional: refere-se à identificação e expressão de emoções, ao desenvolvimento da empatia e à interação social adequada.
Transtornos do Neurodesenvolvimento
Também conhecidos como Distúrbios do Neurodesenvolvimento, são condições neurológicas que impactam a aquisição, retenção ou aplicação de habilidades e informações. Eles afetam áreas como memória, percepção, linguagem, solução de problemas, interação social, cognição, comportamento, socialização e habilidades motoras.
Esses transtornos podem variar em intensidade — leve, moderada ou grave — e comprometer de forma significativa o desenvolvimento cognitivo e social.
Os principais exemplos incluem:
TEA (Transtorno do Espectro Autista)
TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)
Transtornos de Aprendizagem
Deficiência Intelectual
Causas e Fatores de Risco
Estudos indicam que os transtornos do neurodesenvolvimento podem estar relacionados a fatores genéticos, que aumentam a probabilidade de seu surgimento. Entretanto, a hereditariedade não é o único fator envolvido. É necessário considerar também fatores de risco ambientais nos períodos iniciais do desenvolvimento, como:
exposição a estresse, toxinas ou determinados medicamentos;
complicações no período perinatal;
baixo peso ao nascimento;
prematuridade.
Início dos Sintomas
Os sintomas normalmente aparecem nos primeiros anos de vida e tendem a se manter ao longo da vida do indivíduo.
Importância da Compreensão
O ponto central é que os transtornos do neurodesenvolvimento não representam uma “fase” ou resultado de má criação ou falta de limites, mas sim diferenças reais no funcionamento neurológico. Reconhecer isso ajuda as famílias a compreenderem que o diagnóstico é científico e não moral.
Mudança de diagnósticos: dos tipos de autismo para o Espectro
Antes do DSM-5
Até 2013, o diagnóstico era feito com base em subtipos distintos, como:
Autismo Infantil
Síndrome de Asperger
Transtorno Invasivo do Desenvolvimento sem outra especificação (PDD-NOS)
Essa classificação gerava confusão entre famílias e profissionais. Perguntas como “meu filho tem autismo ou Asperger?” ou “existe autismo leve e severo?” eram frequentes, pois os subtipos faziam parecer que se tratava de doenças diferentes.
Na prática, todos esses quadros compartilhavam dificuldades centrais em interação social, comunicação e comportamentos repetitivos/restritos, variando apenas em intensidade e características específicas.
O que motivou a mudança?
O avanço das pesquisas mostrou que:
Não existem fronteiras nítidas entre os subtipos.
Muitas pessoas não se encaixavam perfeitamente em apenas uma categoria ou mudavam de diagnóstico ao longo da vida.
A divisão em subtipos dificultava o acesso a direitos e tratamentos: alguns ficavam sem suporte por não preencherem critérios específicos.
O diagnóstico era visto como um rótulo fixo, em vez de um ponto de partida para definir estratégias de apoio.
Com o DSM-5 (2013)
Os subtipos foram unificados sob o termo Transtorno do Espectro Autista (TEA). O autismo passou a ser compreendido como um espectro, ou seja, um mesmo transtorno com manifestações muito variadas de pessoa para pessoa.
A diferenciação agora ocorre pelos níveis de suporte necessários:
Nível 1: pouco suporte em demandas sociais e de adaptação.
Nível 2: suporte substancial devido a dificuldades evidentes no dia a dia.
Nível 3: suporte muito substancial, pois os desafios são intensos.
Explicando para famílias e profissionais
Hoje dizemos: “Não importa se antes seria chamado de Asperger ou autismo clássico — ambos fazem parte do espectro autista. O que muda é a intensidade dos sintomas e o quanto a pessoa precisa de apoio para se desenvolver.”
Essa mudança tornou o diagnóstico mais claro e inclusivo, permitindo olhar para as necessidades individuais em vez de apenas dar um nome ao comportamento. Os antigos termos (Asperger, PDD-NOS, etc.) não são mais usados oficialmente: todos são considerados pessoas autistas em termos clínicos e de direitos.
E a Organização Mundial da Saúde?
A CID-11, adotada no Brasil a partir de 2022, seguiu a mesma linha e aboliu os subtipos. O termo utilizado é apenas TEA, e o diagnóstico passa a considerar se há deficiência intelectual ou dificuldades de linguagem associadas, permitindo maior personalização.
Exemplo:
Uma criança que antes seria diagnosticada como Síndrome de Asperger agora é TEA nível 1 de suporte.
Outra, antes chamada de autismo clássico, pode ser TEA nível 2 ou 3.
Ambas partem do mesmo diagnóstico (TEA), mas as estratégias de intervenção são ajustadas às suas necessidades específicas.
O que é olhar o autismo como espectro?
Quando falamos em espectro, queremos dizer que existem múltiplas formas de manifestação do autismo. Não há duas pessoas iguais: algumas podem falar fluentemente, outras não desenvolvem fala; algumas apresentam hiperfoco em detalhes, outras têm maior dificuldade de interação social.
Isso significa respeitar a diversidade e entender que o diagnóstico não coloca a pessoa em uma “caixa fechada”, mas indica em que medida ela precisa de suporte em sua vida diária.
A abordagem do espectro ampliou também o olhar para inclusão escolar e social: hoje, entende-se que olhar para o que cada criança ou adulto realmente necessita é mais importante do que tentar encaixar pessoas em antigos rótulos. O conceito de espectro valoriza a diversidade e permite ajustes personalizados tanto no cotidiano familiar quanto em contextos como a escola, a clínica ou o trabalho.
Dois alunos diagnosticados com TEA podem ter necessidades completamente diferentes. Enquanto um precisa de apoio diário para socializar, o outro pode necessitar apenas de pequenas adaptações para seguir a rotina escolar com autonomia.
Quanto mais leve (ou sutil) o quadro, maior a dificuldade de identificar o diagnóstico, por isso o respeito ao processo individual é fundamental. O diagnóstico precoce depende de atenção aos detalhes e sensibilidade para perceber sinais que, muitas vezes, passam despercebidos. Assim, uma das maiores riquezas do conceito de espectro é justamente abrir espaço para trajetórias únicas, reconhecendo e potencializando diferentes formas de ser.
Critérios diagnósticos
Critérios Diagnósticos do TEA – DSM-5
Déficits persistentes na comunicação e interação social em múltiplos contextos, manifestados por:
Déficits na reciprocidade socioemocional (ex.: dificuldade em manter conversas, compartilhar interesses, emoções ou afeto).
Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados na interação social (ex.: contato visual reduzido, dificuldade no uso de gestos e expressões faciais).
Déficits no desenvolvimento, manutenção e compreensão de relacionamentos (ex.: dificuldade em fazer amizades, ajustar comportamento a diferentes contextos sociais ou compreender regras sociais).
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, manifestados por pelo menos dois dos seguintes:
Movimentos, uso de objetos ou fala estereotipada ou repetitiva (ex.: ecolalia, alinhar brinquedos, repetir frases).
Insistência em mesmice, aderência inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal/não verbal (ex.: angústia diante de pequenas mudanças, rotinas rígidas).
Interesses altamente restritos e fixos, anormais em intensidade ou foco (ex.: apego intenso a temas específicos).
Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente (ex.: fascínio por luzes, sons, cheirar ou tocar objetos repetidamente, incômodo com barulhos).
Os sintomas devem estar presentes no início do desenvolvimento
Mesmo que só se tornem totalmente evidentes mais tarde, quando as demandas sociais excedem as capacidades da criança.
Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida.
As perturbações não são explicadas melhor por deficiência intelectual ou atraso global do desenvolvimento
É importante também diferenciar o TEA de outros transtornos. O TDAH está mais relacionado à atenção e impulsividade, enquanto o TOD envolve oposição e desafio. Esses transtornos podem coexistir, mas não são a mesma coisa. Nem sempre é autismo e nem sempre é só o autismo. Existem quadros com sintomas em comum, por isso a avaliação deve ser cuidadosa.
O autismo (TEA), o TDAH e o TOD podem apresentar comportamentos semelhantes, mas são condições diferentes. O autismo envolve principalmente dificuldades na comunicação social e a presença de interesses restritos e comportamentos repetitivos, variando em intensidade. Já o TDAH é caracterizado por desatenção, impulsividade e hiperatividade, impactando o foco e a autorregulação, mas sem necessariamente comprometer a compreensão social. O TOD, por sua vez, está ligado a um padrão persistente de comportamento desafiador, irritabilidade e oposição a figuras de autoridade, não se tratando de falhas de atenção nem de dificuldades centrais de socialização, mas de manejo emocional e comportamental. Embora possam coexistir em um mesmo indivíduo, cada condição tem critérios próprios e exige avaliação clínica cuidadosa para um diagnóstico preciso.
Nem sempre o diagnóstico é simples, pois nem todos os casos envolvem apenas o autismo. Muitas vezes existem comorbidades, como TDAH e TOD, que podem confundir a avaliação clínica. No diagnóstico tardio, por exemplo, é essencial considerar os sintomas que a pessoa já apresentava na infância, mesmo que atualmente estejam menos evidentes devido a intervenções ou estratégias de adaptação. É importante compreender que os sintomas podem melhorar com o tempo, mas não desaparecem completamente, e isso pode gerar dúvidas sobre a validade do diagnóstico, especialmente em pessoas cujos sinais não são tão visíveis. Por isso, existe hoje uma grande procura por avaliação de autismo em idades mais avançadas, o que reforça a importância de lembrar que o autismo é um diagnóstico estritamente clínico, baseado em observação cuidadosa, histórico e critérios objetivos.
Como é feito a observação e o rastreio do Autismo
O processo diagnóstico envolve uma avaliação clínica detalhada, com observação do comportamento em diferentes contextos e entrevistas cuidadosas com familiares.
Instrumentos de rastreio e avaliação auxiliam na compreensão do quadro, entre eles:
SRS-2 (Escala de Responsividade Social) — avalia aspectos da socialização em crianças e adultos
CARS (Childhood Autism Rating Scale) — escala clássica de avaliação do autismo, ainda utilizada mundialmente
PROTEA — protocolo brasileiro adaptado para crianças pequenas
O uso desses instrumentos é sempre um complemento. A principal base é a observação direta: o comportamento espontâneo e a forma como a criança reage diante de diferentes situações e pessoas é fundamental para a construção do diagnóstico. O mapeamento genético pode ser indicado em situações específicas, mas não é obrigatório nem substitui a avaliação clínica.
O ponto mais importante é levar a criança para avaliação. Entender seu funcionamento demanda observação do cotidiano e testes realizados por profissionais treinados. O psicólogo tem papel central nessa avaliação detalhada e observacional. Diagnósticos equivocados podem ocorrer por ausência de avaliação multiprofissional. Psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e médicos compõem uma equipe que olha a criança por completo, já que cada especialista tem um olhar complementar.
É fundamental que os profissionais deem devolutiva sobre a avaliação, pois o retorno é um direito da família. Existem dias em que os sintomas ficam evidentes e outros em que passam despercebidos, por isso a observação deve ser contínua. O ideal é que o médico seja o último a fechar o laudo e formalizar o diagnóstico, após a construção desse olhar multidisciplinar.
O diagnóstico tardio do autismo tem uma importância enorme, porque ajuda a explicar experiências de vida que, até então, ficavam sem nome ou eram interpretadas de forma equivocada. Muitas pessoas chegam à vida adulta com a sensação de serem “diferentes” ou “fora do lugar”, sem entender exatamente o porquê. Quando recebem o diagnóstico, conseguem organizar a própria história: dificuldades sociais deixam de ser vistas como “falta de esforço”, rotinas rígidas deixam de ser confundidas com “mania” e necessidades sensoriais passam a ser respeitadas como parte do funcionamento neurológico.
Por exemplo, um adolescente que sempre teve dificuldades em manter amizades pode, após o diagnóstico, compreender que não se trata de desinteresse, mas de desafios na comunicação social — e, a partir disso, pode receber apoio para desenvolver estratégias mais adequadas. Um adulto que sofre há anos com sobrecarga diante de sons e cheiros intensos pode finalmente entender que essa sensibilidade não é “frescura”, mas uma característica do espectro, que merece acolhimento e adaptações no ambiente.
Além disso, o diagnóstico tardio possibilita tratamento direcionado: psicoterapia, apoio educacional, orientação familiar e até adaptações no trabalho. Ele também reduz a culpa — tanto da pessoa, que deixa de se sentir “errada”, quanto da família, que entende que não se trata de falta de limite ou criação. Reconhecer o autismo, mesmo tardiamente, abre caminho para maior autoestima, acesso a direitos e qualidade de vida, permitindo que a pessoa se desenvolva dentro de suas próprias potencialidades.
Importância da participação ativa dos pais
A participação dos pais envolve corresponsabilidade, ou seja, família e terapeutas atuam lado a lado, fortalecendo tudo o que é feito nas sessões clínicas com o dia a dia em casa. Pais que passam informações precisas e sem omissões durante a anamnese ajudam o profissional a montar um retrato fiel da criança. Dificuldades em aceitar o diagnóstico podem levar, muitas vezes, a mascarar sintomas e adiar intervenções importantes.
Além disso, os pais podem seguir as orientações dos terapeutas, adaptando a rotina familiar e propondo atividades recomendadas, potencializando o progresso da criança. O respeito ao tempo de cada conquista e a paciência para lidar com avanços e pequenas regressões são aliados fundamentais no processo de desenvolvimento.
Uma metáfora que ajuda: quando apenas o terapeuta estimula, é como andar de bicicleta com rodas quadradas. Quando família e terapeuta trabalham juntos, a bicicleta ganha rodas redondas e o caminho flui muito melhor.
Quando pais e profissionais caminham juntos, a evolução tende a ser mais constante e a família também sente maior segurança para lidar com dúvidas e desafios do cotidiano. O envolvimento parental não significa sobrecarga, mas sim um convite para que o aprendizado aconteça em todos os ambientes em que a criança convive.
Entender para tratar – os estigmas
Um dos maiores desafios após o diagnóstico é lidar com os estigmas sociais. Muitas famílias ainda sentem vergonha ou medo de rotular a criança, o que acaba atrasando o início das intervenções e impactando o desenvolvimento.
É fundamental perceber que o estigma pode prejudicar tanto quanto os próprios sintomas, especialmente quando parte da própria família ou de pessoas próximas. Esse preconceito não afeta apenas o acesso ao tratamento, mas também interfere na autoestima da criança, na qualidade das relações sociais e na forma como ela se reconhece no mundo. Assim, o estigma limita oportunidades, reforça barreiras e pode dificultar o processo de inclusão escolar e social.
Superar o estigma significa respeitar o tempo da criança, focando em suas potencialidades e não apenas em dificuldades e limitações. Isso exige um olhar aberto para as singularidades, evitando comparações e julgamentos.
A proposta central do tratamento é ajudar a criança a conquistar cada vez mais autonomia. Enxergar o tratamento não apenas como busca por redução de sintomas ou tentativa de “normalização”, mas como um caminho para desenvolver habilidades e promover inclusão. Esse olhar possibilita romper barreiras do preconceito, criar ambientes mais acolhedores e compreender que o objetivo é apoiar o desenvolvimento pleno da criança — fortalecendo sua autonomia e garantindo que ela ocupe seu espaço na sociedade com dignidade e respeito.
Caso Clínico
Em um estudo brasileiro publicado na Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa (Scielo, 2020), uma mãe e seu filho autista participaram de uma intervenção baseada em orientação intensiva aos pais. Antes da intervenção, a mãe demonstrava dificuldades em promover trocas comunicativas e interação efetiva com o filho, limitando oportunidades de desenvolvimento. A família mantinha uma postura mais passiva, focando apenas em cuidados básicos sem aplicar estratégias de estimulação recomendadas para casos de autismo. Com o início do acompanhamento, os profissionais passaram a treinar a mãe em técnicas de interação, comunicação e atenção compartilhada, orientando práticas que deveriam ser incorporadas no dia a dia doméstico. No pós-intervenção, foram gravados 16 episódios de interação mãe-filho, mostrando avanços expressivos: houve aumento significativo nas trocas comunicativas, melhora nas habilidades sociais e crescimento no chamado "empoderamento parental", com a mãe se tornando uma agente ativa e protagonista no desenvolvimento do filho. A negligência desses esforços (ou a tentativa de poupar a família destas demandas) é, segundo os autores, prejudicial exatamente porque perpetua quadros de isolamento, piora prognóstico e reduz as chances de progresso da criança. O estudo ressalta que empoderar os pais não sobrecarrega, mas protege tanto o desenvolvimento do filho quanto o equilíbrio da família. Fonte: Mourão, M. R., & Pontes, F. A. R. (2020). Intervenção implementada pelos pais e empoderamento parental: efeitos sobre as habilidades sociocomunicativas de uma criança com autismo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 36, e36431. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/MkXJFCRQ4tPk83fXRgkQn8R/
Como podemos ajudar?
Caso queira orientação ou conversar com uma especialista
Referências e recursos
Associação Brasileira de Autismo (ABRA)
Grupos de apoio para famílias
Cursos para pais sobre manejo comportamental
Orientações sobre direitos

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